30 setembro 2014
Exposição (Fotometria)
Olá! Dessa vez a postagem está grande, mas fala sobre algo muito importante e essencial na fotografia, algo que todos deveriam saber.
Você já deve ter ouvido algum fotógrafo falar algo do tipo: "a exposição dessa foto..." ou " essa fotografia está subexposta"...
Muito bem mas o que é exposição?
"Ah é quando alguém vai mostrar suas fotos na galeria!" ... uhm.. não é bem esse tipo de "exposição" que falaremos hoje.
Na fotografia, o nível de exposição, nada mais é do que o quanto uma fotografia ficou exposta a luz para que ela fosse gerada.
Fácil não é? ... Então vamos lá.
Quando uma foto foi pouco exposta a luz, ou seja, recebeu pouca quantidade de luz, dizemos que ela é uma fotografia subexposta. Consequentemente temos uma imagem escura.
Caso contrário, ela receba bastante luz, teremos uma fotografia superexposta, e a imagem será mais clara.
Mas na prática como isso funciona? como podemos controlar essa exposição?
Através da abertura do diafragma e da velocidade de disparo da câmera. (lembra da segunda postagem sobre câmeras?)
O diafragma é como uma porta para entrada de luz, quanto mais aberto estiver, maior será a quantidade de luz que entrará na câmera. É bem lógico, assim quanto a velocidade do disparo; quanto mais rápido estiver o obturador da câmera, menor será o tempo que a foto (o sensor ou filme) ficará recebendo a luz, e vice e versa.
Simples! É como encher um copo com água.
Vamos fingir que a água é a luz, que o copo é um filme fotográfico e que a torneira que irá enchê-lo é a câmera. certo? Assim, digamos que se abrirmos uma torneira no máximo, o copo demore 5 segundos para encher completamente. Dai se abrirmos a torneira só um pouquinho, menos água irá passar, levando mais tempo para encher, vamos supor que leve agora 10 segundos.
Na fotografia funciona do mesmo jeito, um copo cheio de água seria uma boa exposição.
Logo se eu deixar o copo 10 segundo com essa torneira aberta no máximo o copo iria transbordar, assim como na fotografia a foto seria surperexposta.
O mesmo ao contrário, se eu deixasse enchendo por 5 segundos com a torneira aberta só um pouquinho o copo não se encheria, é como na fotografia fosse uma foto subexposta.
Chega de água! vamos aos números!
A abertura do diafragma nas câmeras é demonstrada por uma unidade de medida de luz, chamada Stop (representada pela a letra F).
Para simplificar, funciona assim: Quanto menor for o F, mais aberta estará a iris e quanto maior, mais fechado.
É assim ao contrário porque na verdade stop mede a "perda" de luz que passa pela objetiva.
Já a velocidade é demonstrada pelo tempo de exposição. Normalmente o disparo é muito rápido e o tempo que se fica exposto são frações de segundos.
Para se ter uma noção da velocidade, um tempo de exposição bom para maioria dos casos comuns, seria de 1/60 sec. ou seja, pegamos 1 segundo e dividimos ele em 60 partes, esse é o tempo em que o sensor ou filme fica exposto à luz.
As câmeras possuem um fotômetro interno, que mede a luz da cena e nos ajuda dizendo se a foto ficará mais escura ou mais clara com as configurações que escolhermos.
A maioria das máquinas fotográficas compactas de hoje não possuem um recurso manual que permita o controle da velocidade e abertura. Normalmente apenas permitem escolher entre uma imagem mais ou menos exposta, o resto a câmera mesmo calcula de acordo com a medição de luz feita por ela.
Já as câmeras Dslr permitem um controle total desses recursos.
Mas o que fazer se o diafragma estiver todo aberto e não puder reduzir mais a velocidade com o risco de borrar a foto, e ainda assim a foto estiver escura?
Nesse Caso há 2 recursos.
O primeiro seria adicionar mais luz à cena, com uso de flash ou luzes mais fortes. Mas nem sempre isso é possível, ou desejado, nesse caso o que devemos fazer é aumentar a sensibilidade do sensor ou do filme fotográfico. (seria como se mudássemos o tamanho do copo de água!)
A sensibilidade do suporte é medido em uma unidade chamada ISO. Quanto maior for o ISO, mais sensível a luz, logo menor será a quantidade de luz necessária para uma boa exposição.
Mas vá com calma! Aumentar o ISO não é o paraíso.
Quando se aumenta o ISO temos como consequência uma granulação na imagem. A medida que se eleva essa sensibilidade eleva-se também essa granulação e ruido na imagem, deixando menos fiel a realidade. (não que isso seja um problema, há inclusive fotógrafos que gostam de imagens granuladas).
A velocidade, a abertura e a sensibilidade são os 3 principais elementos da fotografia, estão sempre trabalhando juntos. Saber controlar bem os três fará com que você obtenha boas fotografias.
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03 setembro 2014
Câmeras...
E para continuarmos com uma introdução, falaremos um pouco agora sobre nossa principal ferramenta: A Máquina Fotográfica.
Vamos começar entendendo como ela funciona?
Bem basicamente uma câmera fotográfica possui uma objetiva, um diafragma, um obturador e uma câmera escura onde fica o suporte (plano focal) que é onde a imagem será registrada.
Primeiro a Luz refletida no objeto, entra na câmera passando pela objetiva, que é um conjunto de lentes que "organizam" essa luz de maneira que possa se formar uma imagem nítida.
Objetivas
íris
O obturador controla o tempo que o suporte (que poderá ser um filme fotográfico ou um sensor CMOS de câmera digital por exemplo) ficará exposto a essa luz.
Obturador
As câmeras analógicas, que são aquelas que usam filmes para registrar as imagens (não são antigas tá bom! 😠 Elas ainda existem e estão voltando a moda com as "toy cams". Eu mesmo faço muitas fotos analógicas)
Exemplo de fotografia analógica que fiz - na foto a Janaina do Ateliê com um filme fotográfico
Minha Nikon F3 Analógica
E as câmeras digitais, que registram as imagens com um sensor eletrônico e as armazenam em meio digital. São a maioria das máquinas atuais.
Sensor CMOS de uma câmera digital
Existem muitos tipos diferentes de câmeras, cada tipo possui suas vantagens e desvantagens. portanto deve se escolher uma câmera de acordo com suas necessidades, a finalidade para qual será usada. Veja alguns tipos:
Câmera compacta:
Canon A470
É só apontar e disparar! são simples, pequenas, baratas e fáceis de usar.
Compacta de luxo:
Leica M9-P Hermes
São compactas de algumas marcas famosas, com alta qualidade de imagem e preços também altos.
Super zoom:
Canon PowerShot SX50 HS
Para quem gosta de zoom
Toy cams:
Lomography La Sardinha
São câmeras analógicas de plástico muito estilosas.
Instantâneas:
Fujifilm Instax Mini S7
A foto sai na hora!
Monoreflex - (SRL ou DSRL caso seja digital):
Nikon D800
São as famosas "profissionais" (como são popularmente conhecidas), são ótimas câmeras, resistentes, permitem um alto controle criativo, possuem objetivas intercambiáveis, permitem acoplar acessórios como flashs, filtros, grip, gps, microfone, as mais modernas também fazem ótimas filmagens. enfim, para tudo que você precisar.
Monoreflex de entrada:
Canon Rebel T3i
São modelos de monoreflex mas baratas, ideais para quem quer começar na fotografia.
Compacta Avançada:
Sony Nex f3
Pequenas, mas potentes! Para quem quer as vantagens uma monoreflex, em uma câmera compacta.
Médio formato:
Hasselblad h3d-50
São normalmente usadas de grandes estúdios, são muito caras, no caso das novas digitais, e produzem imagens de alta resolução. As analógicas utilizam filme 120.
Além destas temos muitas outras como câmeras subaquáticas, panorâmicas, de celular... enfim, de todos os tipos, estilos e gostos. Mas o mais importante é a pessoa por traz da câmera e as suas ideias.
Até a próxima postagem.
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