18 novembro 2014

Velocidade do Obturador

Em uma postagem anterior vimos que a velocidade do obturador pode interferir bastante no nível de exposição de uma foto. Bem dessa vez, iremos falar mais sobre a velocidade do disparo.

Como eu disse, a velocidade interfere na exposição, pois ela controla o tempo em que o sensor da câmera ou o filme, ficara exposto à luz. Um disparo mais lento poderá fazer uma imagem mais clara e um rápido uma imagem mais escura.

A velocidade é controlada na câmera em frações de segundo, equivalente ao tempo que o obturador ficará aberto, por exemplo: 1/30, 1/60, 1/125 seg. ... Ou seja, bem rápido!


A velocidade máxima e mínima vai depender do modelo e do fabricante da câmera, há muitas também que possuem o modo “bulb” no qual o obturador fica aberto pelo tempo que o botão de disparo for segurado.

Observação: a velocidade só interfere na exposição quando usada luz contínua, ao se trabalhar apenas com flash a velocidade não interfere na exposição.

Mas o mais legal do controle de velocidade é poder “controlar o tempo”.

Podemos congelar movimentos ao fotografar com uma velocidade bem rápida. Quanto menos tempo o obturador ficar aberto, menor será o movimento do que está sendo fotografado no quadro, portanto mais nítido ele aparecerá.


Nessa imagem o tempo de 1/1250 seg. permitiu parar as gotas de água que caiam.



Aqui congelamos o salto com disparo de 1/500seg.



Dica: Em câmeras que não possuem controle de velocidade manual, você poderá utiliza-la no modo “esporte”, no qual ela irá priorizar uma velocidade mais alta.



Podemos também utilizar da baixa velocidade para fazer efeitos bem criativos na imagem, como
passar a intenção de movimento, movimentos panorâmicos e de zoom, longa exposição...

Uma longa exposição fez com que a água pareça um véu. 6 seg.




Efeito de zoom. 1/10 seg.



Dica: é sempre muito importante ao se trabalhar com a velocidade, ter uma boa postura na forma de posicionar a câmera, segurá-la bem para que fique firme e não cause borrões indesejáveis na imagem. Ao utilizar velocidades muito baixas procure sempre usar um tripé ou um suporte para a câmera.

15 novembro 2014

Old TLR Camera 120 BeautyCord TKK

Manutenção na minha câmera 120 antiga Beauty TKK. Ainda não descobri o modelo exato e o ano de fabricação, mas acredito ser da década de 50.


06 novembro 2014

Profundidade de Campo

Sabe aquela imagem com fundo desfocado, ou aquelas paisagens completamente nítidas? É sobre isso que falaremos hoje.
Se perguntarmos para alguns "fotógrafos" o que é profundidade de campo a resposta seria: "É o quanto da imagem está focada". Porém não é bem assim.


Vamos entender, é simples:

A Profundidade de campo é a área nítida na imagem, que fica na frente e atras do ponto de foco.




Sendo assim, quanto mais coisas, objetos, pessoas, etc; estiverem nítidas mais perto e mais ao fundo, na imagem, maior é a profundidade de campo;

Da mesma forma, quanto menor for a área nítida na imagem, menor é a profundidade de campo, ou seja, menos objetos "em foco".

Há três formas de alterarmos a profundidade de campo:

· A primeira delas é pela abertura do diafragma da câmera, que quanto mais aberto, menor será a profundidade de campo;
 
· Pela distância focal da lente, que quanto maior for, menor será a profundidade de campo.
Por exemplo, com uma objetiva de 18mm será mais fácil de deixar toda imagem nítida do que com uma objetiva de 200mm.
 
· E Pela distância da Câmera com o objeto, quanto mais você se aproximar a câmera do que você quer fotografar, menor será a profundidade de campo.


Veja uns exemplos:

Diafragma: f 9,0 - Comprimento focal: 55mm



Veja que nessa imagem temos uma grande profundidade de campo, fiz o foco nas aves na praia, porém o forte ao fundo permanece nítido, isso devido o diafragma estar mais fechado, a distancia focal ser 55mm e estar um pouco longe das aves.


Diafragma: f 5,6
Comprimento focal: 200mm


Note que nessa outra imagem temos pouca profundidade de campo, pois apenas o enfeite dos noivos no bolo está com foco, repare que até mesmo o enfeite de flores a frente não está tão nítido quanto os bonecos. Para essa foto utilizei uma distancia focal maior e o diafragma mais aberto.

Caso você não possua uma câmera que lhe permita um controle manual do diafragma, ou uma objetiva com pouco zoom, você poderá controlar a profundidade apenas afastando ou aproximando do objetos , ou pessoa a ser fotografada, da câmera.


Deixe seu comentário, duvidas ou sugestões. E até a próxima!


09 outubro 2014

Fotografia Macro

A macrofotografia é a arte de fazer fotos de objetos ou seres muito pequenos. Ela nos permite ver bem os detalhes que normalmente não percebemos.



Para fazer esse tipo de fotografia existem vários acessórios, como por exemplo objetivas macro, flashs circulares, tubos extensores e adaptadores, entre outros. há pessoas que utilizam objetivas invertidas para fazer esse tipo de fotografia como alternativa para as objetivas macro.


Flash circular

Adaptador para inversão de objetiva para fotografia macro

O Modo Macro nas Câmeras:

Você já se perguntou o que é aquela "florzinha do Mario Bros" na sua câmera fotográfica?


Então na maior parte das câmeras fotográficas, até nas mais simples, existe uma função macro, normalmente representada por uma flor, que ajusta a máquina para fazer fotos de objetos bem próximos a ela, o que é ótimo para tirar fotos não só de coisas pequenas, mas tudo que você precise aproximar bem perto a câmera, por exemplo, fotos de alimentos, de objetos de decoração, etc. Neste modo, basicamente, o que a máquina irá fazer será priorizar o seu foco no que estiver mais próximo a ela.

30 setembro 2014

Exposição (Fotometria)


Olá! Dessa vez a postagem está grande, mas fala sobre algo muito importante e essencial na fotografia, algo que todos deveriam saber.
Você já deve ter ouvido algum fotógrafo falar algo do tipo: "a exposição dessa foto..." ou " essa fotografia está subexposta"...

Muito bem mas o que é exposição?

"Ah é quando alguém vai mostrar suas fotos na galeria!" ... uhm.. não é bem esse tipo de "exposição" que falaremos hoje.

Na fotografia, o nível de exposição, nada mais é do que o quanto uma fotografia ficou exposta a luz para que ela fosse gerada.

Fácil não é? ... Então vamos lá.

Quando uma foto foi pouco exposta a luz, ou seja, recebeu pouca quantidade de luz, dizemos que ela é uma fotografia subexposta. Consequentemente temos uma imagem escura.
Caso contrário, ela receba bastante luz, teremos uma fotografia superexposta, e a imagem será mais clara.

Mas na prática como isso funciona? como podemos controlar essa exposição?
Através da abertura do diafragma e da velocidade de disparo da câmera. (lembra da segunda postagem sobre câmeras?)

O diafragma é como uma porta para entrada de luz, quanto mais aberto estiver, maior será a quantidade de luz que entrará na câmera. É bem lógico, assim quanto a velocidade do disparo; quanto mais rápido estiver o obturador da câmera, menor será o tempo que a foto (o sensor ou filme) ficará recebendo a luz, e vice e versa.

Simples! É como encher um copo com água.

Vamos fingir que a água é a luz, que o copo é um filme fotográfico e que a torneira que irá enchê-lo é a câmera. certo? Assim, digamos que se abrirmos uma torneira no máximo, o copo demore 5 segundos para encher completamente. Dai se abrirmos a torneira só um pouquinho, menos água irá passar, levando mais tempo para encher, vamos supor que leve agora 10 segundos.



Na fotografia funciona do mesmo jeito, um copo cheio de água seria uma boa exposição.
Logo se eu deixar o copo 10 segundo com essa torneira aberta no máximo o copo iria transbordar, assim como na fotografia a foto seria surperexposta.
O mesmo ao contrário, se eu deixasse enchendo por 5 segundos com a torneira aberta só um pouquinho o copo não se encheria, é como na fotografia fosse uma foto subexposta.

Chega de água! vamos aos números!

A abertura do diafragma nas câmeras é demonstrada por uma unidade de medida de luz, chamada Stop (representada pela a letra F).
Para simplificar, funciona assim: Quanto menor for o F, mais aberta estará a iris e quanto maior, mais fechado.



É assim ao contrário porque na verdade stop mede a "perda" de luz que passa pela objetiva.

Já a velocidade é demonstrada pelo tempo de exposição. Normalmente o disparo é muito rápido e o tempo que se fica exposto são frações de segundos.
Para se ter uma noção da velocidade, um tempo de exposição bom para maioria dos casos comuns, seria de 1/60 sec. ou seja, pegamos 1 segundo e dividimos ele em 60 partes, esse é o tempo em que o sensor ou filme fica exposto à luz.


As câmeras possuem um fotômetro interno, que mede a luz da cena e nos ajuda dizendo se a foto ficará mais escura ou mais clara com as configurações que escolhermos.
A maioria das máquinas fotográficas compactas de hoje não possuem um recurso manual que permita o controle da velocidade e abertura. Normalmente apenas permitem escolher entre uma imagem mais ou menos exposta, o resto a câmera mesmo calcula de acordo com a medição de luz feita por ela.
Já as câmeras Dslr permitem um controle total desses recursos.

Mas o que fazer se o diafragma estiver todo aberto e não puder reduzir mais a velocidade com o risco de borrar a foto, e ainda assim a foto estiver escura?

Nesse Caso há 2 recursos.

O primeiro seria adicionar mais luz à cena, com uso de flash ou luzes mais fortes. Mas nem sempre isso é possível, ou desejado, nesse caso o que devemos fazer é aumentar a sensibilidade do sensor ou do filme fotográfico. (seria como se mudássemos o tamanho do copo de água!)
A sensibilidade do suporte é medido em uma unidade chamada ISO. Quanto maior for o ISO, mais sensível a luz, logo menor será a quantidade de luz necessária para uma boa exposição.

Mas vá com calma! Aumentar o ISO não é o paraíso.

Quando se aumenta o ISO temos como consequência uma granulação na imagem. A medida que se eleva essa sensibilidade eleva-se também essa granulação e ruido na imagem, deixando menos fiel a realidade. (não que isso seja um problema, há inclusive fotógrafos que gostam de imagens granuladas).

A velocidade, a abertura e a sensibilidade são os 3 principais elementos da fotografia, estão sempre trabalhando juntos. Saber controlar bem os três fará com que você obtenha boas fotografias.

03 setembro 2014

Câmeras...



Na postagem anterior falamos um pouquinho sobre o que é fotografia e a nossa matéria-prima que é a luz.
E para continuarmos com uma introdução, falaremos um pouco agora sobre nossa principal ferramenta: A Máquina Fotográfica.


Vamos começar entendendo como ela funciona?


Bem basicamente uma câmera fotográfica possui uma objetiva, um diafragma, um obturador e uma câmera escura onde fica o suporte (plano focal) que é onde a imagem será registrada.

Primeiro a Luz refletida no objeto, entra na câmera passando pela objetiva, que é um conjunto de lentes que "organizam" essa luz de maneira que possa se formar uma imagem nítida.



Objetivas


A luz passa também por uma abertura chamada de diafragma, também conhecido como íris, que regula o seu tamanho de maneira a controlar a quantidade de luz que passa por ela.


íris



O obturador controla o tempo que o suporte (que poderá ser um filme fotográfico ou um sensor CMOS de câmera digital por exemplo) ficará exposto a essa luz.





Obturador


De acordo com o suporte existem 2 tipos de câmeras:



As câmeras analógicas, que são aquelas que usam filmes para registrar as imagens (não são antigas tá bom! 😠 Elas ainda existem e estão voltando a moda com as "toy cams". Eu mesmo faço muitas fotos analógicas)

Exemplo de fotografia analógica que fiz - na foto a Janaina do Ateliê com um filme fotográfico



Minha Nikon F3 Analógica



E as câmeras digitais, que registram as imagens com um sensor eletrônico e as armazenam em meio digital. São a maioria das máquinas atuais.

Sensor CMOS de uma câmera digital



Existem muitos tipos diferentes de câmeras, cada tipo possui suas vantagens e desvantagens. portanto deve se escolher uma câmera de acordo com suas necessidades, a finalidade para qual será usada. Veja alguns tipos:



Câmera compacta:



Canon A470


É só apontar e disparar! são simples, pequenas, baratas e fáceis de usar.




Compacta de luxo:


Leica M9-P Hermes

São compactas de algumas marcas famosas, com alta qualidade de imagem e preços também altos.



Super zoom:



Canon PowerShot SX50 HS


Para quem gosta de zoom


Toy cams:


Lomography La Sardinha

São câmeras analógicas de plástico muito estilosas.


Instantâneas:


Fujifilm Instax Mini S7



A foto sai na hora!



Monoreflex - (SRL ou DSRL caso seja digital):



Nikon D800


São as famosas "profissionais" (como são popularmente conhecidas), são ótimas câmeras, resistentes, permitem um alto controle criativo, possuem objetivas intercambiáveis, permitem acoplar acessórios como flashs, filtros, grip, gps, microfone, as mais modernas também fazem ótimas filmagens. enfim, para tudo que você precisar.



Monoreflex de entrada:


Canon Rebel T3i

São modelos de monoreflex mas baratas, ideais para quem quer começar na fotografia.


Compacta Avançada:



Sony Nex f3


Pequenas, mas potentes! Para quem quer as vantagens uma monoreflex, em uma câmera compacta.


Médio formato:


Hasselblad h3d-50

São normalmente usadas de grandes estúdios, são muito caras, no caso das novas digitais, e produzem imagens de alta resolução. As analógicas utilizam filme 120.



Além destas temos muitas outras como câmeras subaquáticas, panorâmicas, de celular... enfim, de todos os tipos, estilos e gostos. Mas o mais importante é a pessoa por traz da câmera e as suas ideias.

Até a próxima postagem.




29 agosto 2014

Ipê


21 agosto 2014

Um Pouco Sobre Fotografia

Olá, seguidores do Blog!

Meu nome é Renan Mandelo Oliveira, sou fotógrafo, formado em produção multimídia e criador desse blog, no qual posto algumas experiencias com imagens que faço, algumas montagens, fotografias... apenas imagens e nada mais. O legal é que quando se pega para ver as postagens antigas percebe-se o quanto venho evoluindo, começando com umas montagens bem ruins lá em 2010.
Mas o blog veio reduzindo o número de posts com o passar do tempo, por eu estar fazendo outras coisas, por preguiça mesmo ou por me esquecer que o blog existe kkk. Mas pretendo voltar a mexer nele e agora, além dessas imagens que rolam meio sem sentido, irei escrever também. Falarei principalmente sobre fotografia, dicas e ensinamentos, de maneira simples para que qualquer um possa entender, sempre ilustrando com imagens minhas. Dando certo, mais para frente, pretendo postar também sobre edição, cinema, tutoriais e algumas coisas mais avançadas também.

E para começar vamos falar um pouquinho sobre fotografia e sua história:



Mas o que é fotografia afinal?


Acredito no grande poder que uma imagem tem de transmitir mensagens e para mim fotografia é uma forma de arte, é muito mais do que apenas registrar momentos. A fotografia é capaz de provocar emoções, chocar, divertir e nos contar histórias.



O principal elemento da fotografia é a luz!


A Fotografia pode ser definida como um processo de captura de uma imagem através da luz - a palavra "fotografia" vem do grego e significa "escrever com a Luz". Entretanto, se formos pensar nas imagens geradas pela fotografia, podemos facilmente fazer uma analogia com a pintura. Fotografar poderia, então, ser como pintar com luz



Um pouco de história:


A fotografia não teve um único inventor, o processo fotográfico foi resultado de diversos estudos e experiências de várias pessoas.
A Câmera obscura, que era uma caixa com um furo onde se passava luz e gerava uma ímagem de duas dimensões, foi uma das primeiras invenções que possibilitaram posteriormente, a criação das câmeras fotográficas



câmera obscura



Essa câmera obscura foi usada por desenhistas e pintores para obter melhor modelo para suas obras. Um desses artistas foi o pintor holandês Johannes Vermeer.



Pintura de Vermeer

Curiosidade:

Durante os muitos séculos antes da invenção da fotografia, coube aos pintores e desenhistas realizar o trabalho de "registrar" a realidade. Ao longo do século XIX, diversos pesquisadores europeus visitaram o Brasil. Nas expedições, os naturalistas coletavam amostras da natureza, como fósseis, folhas e flores, e faziam desenhos detalhados do que viam, para enviar essas informações para Europa. Esses desenhos foram publicados em livros e estão até hoje conservados em museu, como registros de uma época pré-fotográfica.




Em 1836 William Fox Talbot inventou o calótipo ou talbótipo e em 1837 Louis Daguerre criou o daguerreótipo, o que viriam a ser os primeiros processos fotográficos da história.

o daguerreótipo




Foto feita por Tabolt usando o calótipo ou talbótipo.



Embora o princípio da fotografia permaneça o mesmo até hoje, a evolução das câmeras e as novas tecnologias, tonaram a fotografia bem mais acessível e fácil de se tirar boas fotos, cada vez com mais qualidades de imagens.

E é claro que uma boa máquina ajuda, porém equipamentos são só o início, o mais importante é o fotógrafo, que deve ser capaz de ver o mundo de uma forma mais abrangente do que outras pessoas normalmente veem.

Deixe seu comentário, opinião, dúvidas e sugestões.
Até a Próxima Postagem!!

fontes:
O novo manual de fotografia - John Hedgecoe
Fotografia Digital e Iluminação - Daniela Chaves de Castilho e Souza (Unisul Virtual)


14 julho 2014

Marina




20 março 2014

08 fevereiro 2014

Colorindo Preto e Branco

Julie Adams